Os Investimentos Mais Seguros para Iniciantes Jovens



Depois de determinar sua tolerância ao risco, um plano de investimento sólido é necessário para garantir que seu dinheiro tenha a melhor chance de crescimento.
Um plano de investimento considera aspectos como alocação de ativos, diversificação e cronograma de investimento para tomar as melhores decisões possíveis com base em sua situação atual e objetivos.
Poupar para a educação ou o futuro do seu filho pode ser assustador, mas existem várias contas criadas para ajudar você a atingir esse objetivo.
Compreenda a relação entre risco e retorno
Um princípio fundamental dos investimentos é que, geralmente, investimentos com maior risco oferecem a possibilidade de maiores retornos, enquanto aqueles com menor risco tendem a proporcionar ganhos mais modestos. Pense, por exemplo, em uma área bastante especulativa, como as criptomoedas.
Se você tivesse colocado todas as suas economias em Bitcoin quando ele surgiu, poderia ter visto um crescimento extraordinário do seu investimento inicial. No entanto, embora isso pareça uma decisão inteligente olhando para trás, na época teria sido extremamente arriscado. Em 2009, não havia nenhuma garantia de que o Bitcoin se tornaria tão popular ou que sequer sobreviveria, e existia o risco real de perder todo o valor investido.
Por isso, é essencial que os investidores estejam sempre conscientes do nível de risco associado a cada investimento e da sua própria tolerância a esse risco. Geralmente, investidores jovens conseguem assumir riscos maiores do que os mais velhos, principalmente quando planejam a aposentadoria. Um jovem tem tempo para se recuperar caso um investimento não dê certo, enquanto alguém próximo da aposentadoria tem menos margem para compensar perdas significativas em sua poupanç
Para começar a investir, escolha uma estratégia com base no valor que você investirá, nos prazos para seus objetivos de investimento e na quantidade de risco que faz sentido para você.
Aprender a investir pode ser uma habilidade valiosa, não importa o que o mercado de ações esteja fazendo em um determinado momento.
Como iniciante, você também pode ter muitas perguntas: Quanto dinheiro você precisa para começar a investir? Como começar? Quais são as melhores estratégias de investimento?
Nosso guia resume os princípios básicos em seis etapas fáceis para ajudar você a começar a investir neste ano.
Nosso guia gratuito reúne os princípios essenciais do investimento em 3 passos simples e práticos, para ajudar você a começar a investir com segurança ainda este ano.
1. Comece agora, mesmo que com pouco
Investir o quanto antes é uma das formas mais eficazes de garantir bons retornos ao longo do tempo. Isso acontece por causa dos juros compostos, quando os rendimentos gerados por um investimento passam a gerar novos rendimentos, criando um efeito acumulativo que cresce como uma bola de neve. Quanto maior o tempo que você permanecer investindo, maior será esse crescimento.
Entendendo os juros compostos:
Imagine que você invista R$ 1.000 por mês durante 10 anos, com um retorno médio anual de 6%. Ao fim desse período, seu saldo superaria os R$ 160.000. Boa parte desse valor viria dos seus depósitos, mas uma parcela significativa (mais de R$ 20.000) seria proveniente dos rendimentos, isso apenas por deixar o dinheiro aplicado e permitir que ele cresça com o tempo.
Se você está em dúvida sobre começar por não ter um valor alto disponível, comece com o que for possível dentro do seu orçamento. O mais importante é criar o hábito de investir. Com o tempo, você pode aumentar suas contribuições conforme sua renda permitir.
Hoje em dia, é possível investir com valores bastante acessíveis. Muitas corretoras não exigem valor mínimo, não cobram taxas de corretagem e ainda permitem a compra de frações de ações. Existem também opções acessíveis como fundos de índice (ETFs), fundos mútuos e outros produtos que cabem no bolso de quem está começando.
2. Conheça os tipos de contas e investimentos disponíveis no Brasil
A escolha de onde investir seu dinheiro depende dos seus objetivos financeiros e do prazo que você tem para alcançá-los.
Aposentadoria: Se seu foco principal é poupar para a aposentadoria, no Brasil existem opções como o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Esses planos privados de previdência oferecem benefícios fiscais que incentivam o investimento a longo prazo. Por exemplo, no PGBL, você pode deduzir as contribuições da base de cálculo do Imposto de Renda (até um limite de 12% da renda anual). Já o VGBL não oferece essa dedução, mas no momento do resgate você paga imposto apenas sobre os rendimentos. Esses planos também possuem regras específicas sobre prazos e formas de saque. (Saiba como escolher o plano de previdência ideal para você.)
Educação e futuro dos filhos: Para quem quer poupar para a educação dos filhos, existem algumas opções interessantes. Embora o Brasil não tenha um plano com as mesmas características do 529 americano, muitos pais utilizam contas de investimento comuns (como CDBs, fundos ou Tesouro Direto) para constituir uma reserva para a educação. Além disso, algumas seguradoras oferecem planos específicos de previdência privada para educação. Outra opção é abrir uma conta poupança ou investir em fundos conservadores com foco no prazo educacional. (Saiba mais sobre como poupar para os estudos dos seus filhos.)
Investimento geral: Para quem deseja investir para objetivos de médio e longo prazo sem restrições, as contas em corretoras são o caminho mais indicado. No Brasil, essas contas permitem investir em ações, fundos, títulos públicos (via Tesouro Direto), CDBs e muito mais, sem limite de aporte anual. Você tem liberdade para montar sua carteira e comprar ou vender seus ativos quando quiser. Além das corretoras tradicionais, há também plataformas digitais que oferecem serviços automatizados de gestão de investimentos, conhecidas como robôs de investimento ou robo-advisors, que podem montar e administrar seu portfólio conforme seu perfil e objetivo financeiro.
3. Defina quanto investir por mês
O valor ideal para investir depende da sua realidade financeira, dos seus objetivos e do prazo que você tem para alcançá-los.
Se o foco for aposentadoria, especialistas sugerem guardar entre 10% e 15% da renda mensal. Mas, se esse percentual estiver fora da sua realidade no momento, comece com menos, até R$50 por mês já é um ótimo começo, e vá aumentando conforme sua renda crescer ou seus gastos forem se organizando.
Para objetivos como comprar um imóvel, fazer uma viagem ou estudar, pense no valor que você quer alcançar e no tempo que tem. Divida esse valor por meses ou semanas e defina uma meta mensal de investimento. Isso ajuda a manter a disciplina e visualizar o progresso.
Lembre-se: o importante é começar, mesmo com pouco. A constância vale mais do que o valor inicial.
