Ibovespa hesita com pressão da Vale, mas mantém rumo de alta na semana
O Ibovespa iniciou a sexta-feira em ritmo moderado, refletindo a pressão das ações da Vale e a cautela dos investidores diante do cenário internacional. Mesmo assim, o índice caminha para fechar mais uma semana no positivo, sustentado por balanços corporativos e pelo apetite por risco no mercado doméstico.
Por volta das 10h10, o principal índice da Bolsa brasileira recuava 0,06%, aos 157.063 pontos, enquanto acumula alta de 1,95% na semana — marcando a quinta valorização consecutiva. O volume financeiro no início do pregão somava cerca de R$ 3,4 bilhões.
Cenário internacional pesa sobre o mercado
No exterior, os índices futuros dos Estados Unidos operavam em queda. A dúvida que domina Wall Street é a possibilidade de um novo corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro. A probabilidade, que esteve acima de 60% no início da semana, recuou para cerca de 49%, esfriando o humor dos investidores.
As bolsas europeias também registravam desempenho negativo, acompanhando o movimento global de cautela.
Destaques do dia na B3
Vale (VALE3)

As ações da mineradora recuavam cerca de 1,05%, influenciadas por dados de produção industrial abaixo do esperado na China. A Vale também divulgou estimativa de uma provisão adicional de US$ 500 milhões para 2025, relacionada ao desastre da barragem de Fundão, em Mariana.
CPFL Energia (CPFE3)
Os papéis avançavam 2,18% após a companhia divulgar crescimento no lucro do terceiro trimestre. Mesmo com cenário desafiador, a empresa reforçou confiança na resolução de cortes de produção em suas eólicas.
Petrobras (PETR4)
As ações preferenciais subiam 0,8%, acompanhando a alta do petróleo no exterior. O mercado segue atento ao novo plano de negócios da estatal, previsto para o fim do mês.
Bancos
As ações do Banco do Brasil recuavam 0,76%, refletindo ajustes pós-balanço e a revisão de lucro. Já Itaú, Bradesco e Santander operavam próximos da estabilidade.
Yduqs (YDUQ3)
A companhia caía 7,39% após divulgar lucro líquido de R$ 98 milhões no terceiro trimestre — queda de 35,5% em relação ao ano anterior.
IRB Brasil (IRBR3)
Os papéis registravam baixa de 5,64%, após o ressegurador informar lucro líquido de R$ 99 milhões no trimestre, recuo de 15% ano a ano.
MBRF (MBRF3)
A ação subia 5,28%, consolidando o sexto pregão seguido de valorização, impulsionada pelo retorno das exportações de carne de frango à China.
Raízen (RAIZ4)
Os papéis avançavam 1,15%, após ajustes posteriores à forte queda de ontem. A empresa também comunicou a contratação de uma linha de crédito rotativo de US$ 1 bilhão.
